segunda-feira, 25 de agosto de 2008

IN


Mas tudo bem se estou gostando de alguém que na chuva apagou...Se nada você entende e só pensa em me dizer que errei... Tudo bem.Nada me faz esquecer que um dia você me amou, pois ouvi você dizer que algo não ia bem... Era você se afastando de mim. A vida anda mesmo assim, a vida anda corroendo meu ser extinto por mera formalidade. Esforço exagerado ao dizer que ando mal... Esforço exacerbado ao me convencer que preciso pedir perdão para não morrer. Você ainda me conduz a um lugar só pra me fazer enjoar de aqui viver e olhar em volta me perguntando se faz sentido estar aqui.

Não vomite ao inimigo, ele pode se alimentar de ti.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Tocante


Sinta as minhas mãos tocando sua alma, mexendo sua razão,fervendo sua
calma, molestando sua paixão.Posto meus dedos em suas artérias, passeio como se caminhasse sobre o campo de rosas que transpiram a doce púrpura de segredos inocentes que me enchem de vertigens sinuosas, que me lançam flores e serpentes, que me sujam com um sabor suave e nocivo e me tira a pele com um surreal
arrepio.

Me chama logo de demente.
Sinto surrar meu corpo com pensamentos impiedosos, sinto me dizer
palavras ocultas com gestos lascivos que me jogam...
Ao avesso com um simples sorriso, bobo e barato que despertam a (------) que me mata a facadas por me ter assim...De papo pro ar só olhando pra mim.
Sinta as minhas mãos tocar sua alma, acariciar seu coração com um toque
afável q despensa perdão...Que te leva aos jardins suspensos só pra
fazê-los cair diante da autenticidade que há em ti.
Sinta as minhas mãos dizer que NÃO só pra te proteger, pra te cuidar
de que nada ocorra em vão.

Sinta minhas mãos percorrer seus sentidos, deflagrar sua mente boba e
te trazer à tona, te levar ao ápice onde com meu calor detona, com
clarão ígneo, que cega as vistas do pobre voyeur que saiu sem ter se
despedido.
Com as mãos te cuido, te guio, te seguro, te acaricio, te amarro,te
suplico, de ordeno, te invento - verdades como desculpas pra me fazer
ouvir- , te aperto as mãos pra jamais cair, te abraço apertado pra aqui
sentir, o amor eterno que sinto por ti.
Não me diga nada...apenas percorra minha intensidade.

terça-feira, 8 de julho de 2008

AGAPE


Abrir os braços, deixar a paz levar... Moinhos de vento fazem seguir... Pra onde não há medo de gritar, não há medo de ser, de sentir.
As virtudes dos alheios te fazem florir, como cantos afáveis te fazem nutrir, tocando a alma, fazendo sorrir, transbordando dos poros pra quem quiser ouvir.
As vozes se levantam... Alguém gritou perdão, outro pediu razão, outro não quis reagir. Um forte abraço envolve a todos, o que importa agora é apenas SENTIR...
O desejo em mim que há em ti... As vozes tocantes que passam aqui, que pego com as mãos e as coloco ali, em seus devidos lugares, pra não lhe ferir.
Palavras afáveis que levo pra ti, sussurros suaves lhe fazem dormir.
Dorme em paz... Eu cuido de ti.
Amor é quase isso...

sábado, 31 de maio de 2008

AGUARDO


Olhe a sua volta e observe os constrangidos... Os obstinados... Os ressentidos... Os maltratados. Não os vê a sua volta?Que tal ligar a TV? Que tal abrir mais os olhos e se despertar para a realidade doentia que corrói qualquer ser que se diz humano? Toda a humanidade está em dor... Toda a humanidade está em clamor. Certifique-se se ta tudo ok...
O mundo decai e você observa atônito sem nada fazer... Por quê?Deram-lhe poder? Tente reformar o caos... Tente buscar a paz... Tente mudar o mundo e me diga onde foi que lhe disseram que o homem é capaz. O SER se depara com o basta de todo mal causado por si mesmo ao lar que lhe abriga. Quem foi que destruiu o planeta? Foi você? Não, não fui eu... Ninguém viu. Prova. Faça já a CPI que eu estou aqui...
AGRUARDANDO VOCÊS!
SEM PRESSA... AINDA TEMOS TEMPO!
Repare as grades que te cercam e responda qual sistema carcerário que te cega.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Mi a mim


Mi a mim

Deixo meus poros traduzir frases inteiras enquanto perfuro seu corpo com olhares dissimulados, travessos e baratos. O cheiro que absorvo me embriaga, a voz que ouço me encharca, mas o tom que me trata me afaga.

Rasteja e pede perdão, você me olhou e eu não gostei. Cale-se e obedeça e só abra quando eu mandar. Pronto, agora invade e mostre o melhor de mim antes que a porta se abra e entre o grande vilão. O tempo se esgota e você vai perdendo a posição. Diga que sim ou finge que não. Algumas pessoas acabam perdendo a razão. Pra que gritar? Desespero NÃO! Seja sutil e o melhor de mim será VOCÊ.

Nas nuanças que se enxerga a transparente forma inocente da essência não vigente. VOCÊ PODE ME CONTER? Nem ao menos disfarçar?...
Psicodélico HÁ HÁ HA
Você pergunta e eu me distraio e só respondo o necessário.
O sol chegou a cena acabou e a rotina levou...
O MELHOR DE MIM.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Coldplay - Violet Hill


Coldplay: "Violet hill" disponível para download

"Violet hill" estará disponível no site oficial do grupo.Download poderá ser feito a partir desta terça-feira (29).O grupo Coldplay também aderiu à onda de artistas que disponibilizam sua música de trabalho para download gratuito e permitirá que os fãs baixem "Violet hill" a partir das 8h15 (horário de Brasília) desta terça-feira (29).A faixa estará disponível no site oficial do quarteto inglês por um período de uma semana. Depois, será vendida em formato digital. Chris Martin e companhia também devem lançar seu novo disco, "Viva la vida or death and all his friends", em 13 de junho deste ano.
Download pelo Site

O sentido do não sentir

O sentido do não sentir!
Me diz por onde anda você? Vai bem ou ainda quer dizer que tudo está normal porque por onde anda não existe vestígio de tudo que é mau? Jura que quer me enganar ou pretende lutar para vida lhe conduzir ao mundinho onde Pasárgada existe e te faz FELIZ???Para sempre...??
Me diz oi, me diz pois, me diz onde, me diz quando, me diz não, me diz vai, me diz quem, me diz mais...para que, onde se destinam sinais de imprudência, você me acalenta e desfaz minha tormenta para não me deixar sofrer e ter temor, e supor que tudo me condena e me leva ageena para me destruir, e me dar fim de uma vida capaz de ser feliz!
Me leva a supor que por onde for será feliz!
Me engana...eu não gosto....rs.

sexta-feira, 18 de abril de 2008


Maquiagem


Perde-se o medo busca-se a razão...

Controla-se a ansiedade, implora-se o perdão.

Farto-me de vontade e caio em solidão...

Busco a verdade e não encontro retidão...

Onde está o correto o juízo e o normal? Onde está o ódio e o mal(u)?

Onde estão as fábulas?...Preciso ouvi-las...Onde guardam as mágoas?...Preciso nutri-las.

Onde refugiam os inculpes?...Preciso culpá-los...Onde estão os soberbos?...Preciso amá-los.

Onde fazem a festa?...Não vejo vestígios.
Escondem a essência, inventam uma história e chamam de VIDA.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Fantasmas do Mundo Real


FANTASMAS DO MUNDO REAL


As cortinas que balançam com o medo no olhar alheio. As virtudes que vão se deteriorando com as ansiedades vigentes que permeiam. As almas dos aflitos que bublicam a cena:

MUNDO.
Mundo de imprudências, de desrespeito, de incosciência e fraudulência. Nos acostumamos a enxergar práticas e consequências berrantes como rotineiro, a enxergar o absurdo como apenas parte de um roteiro, a não querer agir contra aquilo que a sociedade já considera normal, a nos perder de nós mesmos para não sermos desigual. Perde-se a identidade, tornando-se mais um a gritar com uma voz rouca implorando

ATENÇÃO.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá pra almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos. E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa. E a fazer filas para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes. A abrir as revistas e a ver anúncios. A ligar a televisão e a ver comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição.
As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. A luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. A contaminação da água do mar. A lenta morte dos rios.
Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.
Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Palavras


O que são PALAVRAS??
Palavras aos cantos da sala dançando a melodia da fala...
Por onte andam? Por onde encostam? Aonde mandam? Como incomodam?
Me fala, me amarra, me explica... em palavras...me odeia, me xinga, me ignora...em palavras... me desgasta, me publica, me inventa...em palavras... me anula, me ama, me deseja e me condena.
SEM CENSURA